Essa é a Beth Cuscuz: A mais conhecida de THE em todo o País

“Com toda sinceridade, responda à pergunta: Se um turista vindo de outro estado ou país chegar perguntando que local você indica como atração turística, conhecida em todo o Brasil?”. Essa foi a pergunta que o 180graus fez aos seus leitores em enquete publicada na sexta-feira, dia 15, véspera do aniversário de Teresina.

Dentre as opções, os shoppings Teresina Shopping e Riverside Shopping, o parque Encontro dos Rios, o Pólo Cerâmico, o Balneário Curva São Paulo, a avenida Frei Serafim, o Centro Artesanal, os parques da Cidade e Zôobotânico e a famosa, apesar de criticada, Beth Cuscuz. Adivinha quem ganhou?!

Dos 161 votos (a votação das enquetes do 180graus, atualizadas diariamente, duram menos de 24h no ar e depois continuam sendo votadas por 15 dias até serem arquivadas), 39,1% escolheram a opção: “Beth Cuscuz, que, quer queiram ou não, é o local de Teresina mais conhecido do País”. Encontro dos Rios ficou em 2º lugar, com 20,5% e os Parques da Cidade e Zôobotânico, juntamente com o Balneário Curva São Paulo, disputaram o 3º lugar com 9% dos votos.

Beth Cuscuz é Dona Elisabeth Nunes Oliveira, 55 anos, divorciada, mãe de duas filhas -as duas, evangélicas, são estudantes universitárias, cursando na Faculdade CEUT-, natural de Regeneração e que veio para Teresina muito nova para estudar e conseguir emprego. Estudou na antiga Escola Normal (hoje Instituto de Educação), até virar professora. Depois formou-se com curso de técnico de contabilidade na antiga Escola Ténica (hoje o CEFET-PI). Aprendeu a gostar de Teresina e não troca a capital por “cidade nenhuma desse mundo”.

Simpática, ela recebeu a equipe de reportagem do 180graus no final da tarde desta sexta-feira, dia 15 em seu estabelecimento, decorado em cores picantes e com muita luz vermelha, a famosa Boate Beth Cuscuz (ou BC Drinks, como preferem alguns) localizada no Bairro Cristo Rei, na região do Conjunto João Emílio Falcão. “Olha, vou falar porque é pra vocês. É muito difícil eu dar entrevista, deixar me fotografarem e tirar foto”, avisou, permitindo que o Maior Portal do Piauí entrasse em sua “empresa”, que é como ela chama, e tirasse fotos de ‘tudo’. “Menos das meninas. Pois isso pode comprometer nosso trabalho”, pediu Dona Elisabeth.

E TUDO COMEÇOU COM ‘FRANCISQUINHA’
“Pode me chamar de Beth Cuscuz mesmo. É assim que me tornei conhecida”, interrompe ela, ao lado de dois funcionários, a sua gerente e seu motorista, logo que o gravador é acionado. “Bom, tudo começou quando trabalhei com a Dona Francisca Batista, a Francisquinha. Ela tinha um estabelecimento como este no Centro de Teresina, na João Cabral. Depois saí para fazer o meu próprio negócio e montei lá perto do Zôobotânico, onde tinha uma casa. Não demorou muito, Francisquinha me procurou e pediu que eu tomasse de conta de seu novo estabelecimento, que é este, aqui no Cristo Rei. Ela estava doente e morreu dois anos depois. Estou há 16 anos, aqui neste local e, graças a Deus, tudo tem dado certo”.

BETH CUSCUZ: RECONHECIDA EM TODO PAÍS
Perguntada sobre a que deve o sucesso de a Beth Cuscuz ser realmente uma “casa de diversão”, como ela chama, conhecida em todo o Brasil, ela é sucinta: “Responsabilidade. Faço tudo direitinho, pago minhas contas em dia e tenho isso aqui como uma empresa como qualquer outra. Pago impostos, IPTU e etc. Tenho alavará de funcionamento e toda a papelada devidamente registrada. Aqui é tudo legal. Para se ter uma idéia, tenho hoje um total de 20 funcionários, todos contratados, com carteira assinada e tudo. Eles dependem disso aqui para manter as suas famílias. E pode ter certeza que é gente de confiança, que está comigo por quase todo esse tempo de 16 anos. Só as meninas é que não são contradas, pois todas vêm de outros estados”, informou.

MÃE DE EVANGÉLICAS, NETOS E DEVOTA DE GREGÓRIO
À reportagem do 180graus -Aliás, nunca aceitou fazer entrevista com qualquer outro meio de comunidação- ela revelou segredos sobre sua vida pessoal: “Meus pais ainda moram em Regeneração, minha cidade natal. Tenho pai e mãe vivos. Sou divorciada e tenho duas filhas. As duas estudam na Faculdade CEUT, Enfermagem e Administração, e são casadas, constituem uma boa família. Me deram cinco netos até agora. Além disso, são evangélicas, apesar de eu ser católica. Na verdade, devo muito à imagem de Gregório (tratado como santo no Piauí devido à sua trágica morte, ainda no século passado, com um monumento na avenida Marechal Castelo Branco). Consegui muitas graças fazendo promessas no monumento. E deram certo. Mando sempre limpar o local e até mandei pintar na semana passada”.

CASA DE DIVERSÃO E MULHERES FAMOSAS
Falando um pouco mais sobre a sua “empresa”, a Boate Beth Cuscuz, ela prefere não entrar em detalhes no que diz respeito à parte financeira. “Aqui é aberto ao público. Não só para homens, como para mulheres tabém. Só cobramos em dias de festas grandes, quando trazemos modelos famosas”, ressaltou. Para a empresária, é uma casa de diversão, onde as pessoas assistem a shows de striptease, mulheres na sensação do momento ‘pole dancing’ (dança sensual no poste) e tomam drinques com amigos. “Oferecemos shows ao vivo, de terça a sexta e abrimos de segunda a sábado. Nem todo s vêm aqui para sair com uma das meninas”. Sobre essas “meninas”, ela também não faz cerimônia: “São todas lindas. Cerca de 20, se revezando, vindo de outros estados, pois as do Piauí preferem não ficar por aqui para não encontrar conhecidos. A maioria é de Goiânia (GO) e de Belo Horizonte (MG). Quem trata dos preços são elas, que depois prestam conta comigo. Quando vêm modelos famosas, é que fechamos um contrato, mais caro, cobramos por isso também. Aliás, gostaria de anunciar que no próximo mês de setembro estamos em negociação para trazer uma ex-BBB. Preparem-se”.

DISCRIMINAÇÃO E PERSEGUIÇÃO DA SOCIEDADE
Para finalizar, Beth Cuscuz se emociona e lamenta o fato de não ser reconhecida e respeitada pela sociedade como uma pessoa “normal, como qualquer outra”. Ela revela que odeia as pessoas apontando o dedo e perguntando se é a Beth Cusuz. “Acho que é um problema da sociedade que ainda muito conservadorista. Principalmente aqui. Eu não posso sair de casa, fazer as compras, ir no shopping ou num supermercado, que fica um monte de gente apontando o dedo e cochichando: ‘Tá vendo ali. É a Beth Cuscuz’. Ou então dão umas olhadas como se eu fosse menos que eles. Tento levar a vida respeitando todo mundo e acho meu trabalho digno. Tudo nesta vida a gente conquista lutando. Acordo todos os dias às 7h da manhã e durmo às 2h da madrugada. Amo e me dedido meu trabalho e agradeço quem respeita”.

REPORTAGEM E FOTOS: Allisson Paixão e Juliana Lim
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Edição: Allisson Paixão

~ por k900 em setembro 1, 2008.

Uma resposta to “Essa é a Beth Cuscuz: A mais conhecida de THE em todo o País”

  1. Eu cho muito massa essa casa da beth,oa homens que não gostam é porque são viados, e ás mulheres que não gostam são aquelas que não gstam de ganhar dinheiro ou que leva chifre do marido.resumo:
    O cabaré é um luxoooooooooooooooooo…

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